Wabi-Sabi é a noção do indefinido, a arte da procura pela imperfeição, o valor pela simplicidade, pela passagem do tempo e o valor emocional dos espaços / objectos.
Resultante num minimalismo nem sempre puro, esta noção de origem japonesa, baseia-se um pouco na natureza metamorfósica e na decadência natural das coisas, no sentido do belo que é imperfeito, inacabado.
Esta falta de rigor temporal é trabalhada pelo designer no sentido de enfatizar a história dos espaços ou dos objectos, através da memória, da originalidade e da casualidade que muitas vezes se revelam antítese da envolvência.
No caso dos espaços, esta abertura resultante que existe na opção do autor em inacabar a arquitectura, permite ao utilizador, no seu quotidiano, completar a seu bel prazer a funcionalidade dos espaços, atribuindo-lhes outra função ou outra estética.
Já nos objectos, muitas vezes surgem memórias e emoções associadas resultante das imperfeições que deixam margem para a imaginação do observador: uma peça orgânica estabilizada, um objecto non-sense, como molduras sem imagem p.ex., ou um cenário caótico podem ser o mote para que a imaginação do observador se alimente e o impacto surja.
Arq. Nuno Rebelo na @NRa
*este texto não foi escrito segundo o acordo ortográfico por vontade do autor
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