A principal regra para a concepção de um espaço será a funcionalidade.

“Primeiro tem de funcionar, se for belo, tanto melhor” é uma expressão que se aplica constantemente na concepção do espaço. Quantas vezes se vêm espaços aparentemente e esteticamente desorganizados, mas que estão repletos de vivência e que permitem a boa interacção humana.
Quando há necessidade de conceber um espaço, essa necessidade deve ser esmiuçada até surgir o conceito de ocupação (para o lazer, o trabalho, uma determinada actividade, etc.) e é esse conceito que o projecto deve respeitar para que o espaço resulte.

O dimensionamento dos elementos arquitectónicos, do mobiliário, das acessibilidades, dos equipamentos inerentes à função a desempenhar no espaço são valores que o projecto ajuda a conceber de forma a permitir o bom funcionamento do espaço e a interacção pessoal.

Nunca esquecendo a luz, importantíssimo ponto a definir, podendo o projectista trabalhá-la através dos elementos arquitectónicos e também na localização de pontos directos de iluminação adequada consoante cada actividade. Ao conceber um espaço, o projectista resume as necessidades dos utilizadores do espaço com a dinâmica visual da percepção, aplicando materiais, cores e texturas adequadas, mobiliário próprio e luz funcional.

No entanto, a sensibilidade estética vai elevar a qualidade do ambiente, para um nível poético se for preciso. A arte dos espaços está na estética. A beleza e a contemplação de um lugar resultam da criatividade do arquitecto, quando este eleva o seu tratamento do espaço para algo erudito, podendo a vivência e a utilização do espaço ser complementada com a harmonia, a beleza e a sensibilidade que qualificam substancialmente o espaço.

A luz e o material devem ser funcionais para o melhor desempenho possível dos utilizadores, mas podem também transmitir uma expressividade que caracteriza o ambiente e a vivência espacial.

Arq. Nuno Rebelo na @NRa

*este texto não foi escrito segundo o acordo ortográfico por vontade do autor

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Nuno Rebelo é arquitecto desde 2002. Nascido em Braga, Portugal, desde cedo a aptidão para o desenho e os temas da Arte o fizeram interessar pelo gosto estético. Como arquitecto, formado no Porto, elaborou diferentes projectos para espaços distintos, desde a concepção e da ideia até ao mais ínfimo detalhe do mobiliário. O gosto particular pelo vernacular e pelas culturas contemporâneas, permitem-no elaborar projectos de carácter intimista, sereno e de um detalhe intemporal.
À parte da vertente técnica da Arquitectura, a aptidão para o desenho livre e para o desenho digital, ajudam-no a desenvolver ideias novas, a criar imagens próprias, que muitas vezes se materializam em espaços cuidados, com um cunho pessoal, mas cuja relação com o utilizador final é sempre valorizada. Teve trabalhos de desenhos expostos ao público por diversas ocasiões e já leccionou aulas de desenho de rua. Actualmente numa jornada na Arábia Saudita, o seu projectos já se localizam desde Portugal a Moçambique, Angola, França, Suíça, Holanda, Caraíbas e Suriname. Sempre numa relação descontraída com as artes, Nuno Rebelo bebe da música e da fotografia os seus elementos para um novo passo.