Arte em casa – Crónica Nuno Rebelo #017

Quem aprecia as formas de arte gosta de levar para casa os objectos que mais lhe agradam. Desde a fotografia até à escultura, passando pela pintura, as paredes da casa ganham uma nova vida com os significados que lhes atribuímos ao longo do tempo.
Desde os escaparates com as antigas coleções de objectos até uma grande tela modernista, são várias as formas de decorar a casa com Arte.
Dispor os objectos no espaço requer contudo algum cuidado.


Genericamente, cada obra de arte precisa do seu espaço de influência, há telas grandes que se coadunam em espaços mais pequenos, bem como pequenas pinturas que precisam de limpeza em seu redor. Sempre com o intuito de utilizar o espaço e a luz envolvente para se fazer sobressair a mensagem que cada obra de arte tem.
Seja pelas obras de carácter afectivo que nos chegam, até ao investimento na Arte, ter peças de Arte em casa dá um estatuto respectivo a cada compartimento da casa.
Geralmente as grande obras ficam dispostas na sala, nas zonas mais sociais. As grandes molduras devem ter sempre luz natural, para serem apreciadas. Particularmente na escultura, a luz do sol evidencia os volumes e texturas, quase condição obrigatória.
Muitas vezes há paredes despidas em casa, por vezes em zonas de circulação, que são ideais para dispor molduras. Deve sempre ser considerada a dimensão da peça de arte com o local envolvente onde vai ser instalada. A obras sendo destinadas a serem apreciadas, devem estar numa posição confortável à sua observação, com uma distância adequada em termos de altura e de afastamento aos olhos.
A mistura de arte antiga com a linguagem artística moderna pode criar efeitos interessantes na decoração da casa.
Uma casa sem Arte é desprovida de significado, é uma residência impessoal.

Nuno Rebelo é arquitecto desde 2002. Nascido em Braga, Portugal, desde cedo a aptidão para o desenho e os temas da Arte o fizeram interessar pelo gosto estético. Como arquitecto, formado no Porto, elaborou diferentes projectos para espaços distintos, desde a concepção e da ideia até ao mais ínfimo detalhe do mobiliário. O gosto particular pelo vernacular e pelas culturas contemporâneas, permitem-no elaborar projectos de carácter intimista, sereno e de um detalhe intemporal.
À parte da vertente técnica da Arquitectura, a aptidão para o desenho livre e para o desenho digital, ajudam-no a desenvolver ideias novas, a criar imagens próprias, que muitas vezes se materializam em espaços cuidados, com um cunho pessoal, mas cuja relação com o utilizador final é sempre valorizada. Teve trabalhos de desenhos expostos ao público por diversas ocasiões e já leccionou aulas de desenho de rua. Actualmente numa jornada na Arábia Saudita, o seu projectos já se localizam desde Portugal a Moçambique, Angola, França, Suíça, Holanda, Caraíbas e Suriname. Sempre numa relação descontraída com as artes, Nuno Rebelo bebe da música e da fotografia os seus elementos para um novo passo.
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